Quem ama educa.

A frase é velha, título de livro, clichê, mas é verdade.

Não há maior ato de amor para com um filho do que educá-lo. Pais educam com amor, pais educam com carinho, ainda que dêem uma palmada de vez em quando, que tomem o brinquedo... Educar, na minha humilde opinião, é, principalmente, ensinar o que é respeito. E respeito é a regra social que cabe em qualquer lugar, em qualquer ocasião e para e com qualquer ser. Ensinar respeito é ensinar que o outro não quer ser maltratado, assim como você não quer; o outro quer ter seus bens preservados como você quer... Ensinar respeito é ensinar como se colocar no lugar do outro.

Mas, o que falta, principalmente, é pensar assim. Se você, como responsável por um incapaz não sabe se colocar no lugar do outro, ensinar isso fica difícil. "Você gostaria que o outro te batesse? Você gostaria que o outro tomasse suas coisas?". E vai além. "Se você sente dor quando se machuca, quando você machuca o cachorrinho, ele também sente dor."

O que acontece muito é que a maioria das pessoas pensa que afagar e agradar, mesmo quando seu filho está errado, é amar. Infelizmente, não é. Como eu disse no início do texto, pais educam com amor, mesmo quando punem. A vida educa punindo, muitas vezes, dolorosamente.

A mãe que acorrentou o filho dentro de casa para que ele, com 13 anos, não se drogasse e acabasse morto em uma sarjeta, praticou um ato extremo. Mas foi, surpreendentemente, um ato de amor; desesperado, mas de amor. Talvez ela não quis enxergar os pequenos sinais, mas pelo menos hoje, o adolescente está se tratando e ela não o perdeu para o mundo.

Educar, e se necessário, punir , que seja privando de brinquedos, de assitir seu filme preferido quando o filho faz algo desrespeitoso, maldoso, ou que machuque alguém, é o maior ato de amor que os pais podem ter. Mas é necessário abrir os olhos e enxergar os sinais de que a criança está sendo vil e maldosa, porque não tem limites. Porque, como diz minha mãe, quem não é educado, quem não tem limites, a vida educa e põe limites à força. E dói muito mais do que uma palmada.